O processo da galvanoplastia consiste na transferência de íons a partir de um metal imerso em um substrato para outra superfície (metálica ou não), através da eletrólise.O objeto cuja superfície será revestida sofre a redução e deve estar ligado ao pólo negativo, o cátodo, de uma fonte de energia, enquanto o metal que sofre a oxidação deve ser ligado a um pólo positivo, o ânodo.No processo, as reações não são espontâneas. É necessário fornecer energia eléctrica para que ocorra a deposição dos elétrons (eletrólise). Trata-se, então, de uma electrodeposição na qual o objeto que recebe o revestimento metálico é ligado ao pólo negativo de uma fonte de corrente contínua enquanto o metal que dá o revestimento é ligado ao pólo positivo.Para que a película do metal se ligue a outro, além de uma perfeita limpeza e desengorduramento da superfície, é preciso conhecer suas naturezas e propriedades químicas. No caso de o objeto a ser revestido ser de plástico, que não é um bom condutor, esse tratamento o tornará bom condutor.
sábado, 5 de dezembro de 2009
Barrilha e seus processos
O carbonato de sódio é um produto químico largamente utilizado na confecção de vidros, sabões, papel e outros. Historicamente sua obtenção se dava extraindo-o das cinzas de plantas carbonizadas. Porém, com a crescente demanda e a inviabilidade de se manter este fluxo de desflorestamento na europa, surgiram fortes pressões para o desenvolvimento de um método sintético, ao fim do século XVIII. A solução foi dada em 1791 por Nicolas Leblanc, que desenvolveu um método, chamado Processo Leblanc, que o produzia através de sal marinho, carbonato de cálcio e ácido sulfúrico. Este método predominou a produção mundial de carbonato de sódio por algumas décadas, porém, devido ao preço dos insumos e a alta poluição gerada, era evidente a necessidade de um novo método. Existem evidências de que o princípio de funcionamento do processo Solvay já havia sido estudado sem ser publicado pelo físico francês Augustin-Jean Fresnel, que descobriu que ocorre precipitação de bicarbonato de sódio quando dióxido de carbono é borbulhado em salmoura (solução concentrada de cloreto de sódio) contendo amônia. Foi então em 1864 que o químico belga Ernest Solvay, aparentemente sem conhecimento dos estudos anteriores, conseguiu capital e abriu em Charleroi, junto a seu irmão, a primeira planta industrial a utilizar o seu processo, baseado numa imensa torre de saturação de dióxido de carbono.
O Processo Leblanc utilizava como matérias primas sal marinho, CaCO3, H2SO4 e Coque. Primeiro, o sal marinho (NaCl) é fervido em solução de H2SO4, produzindo uma solução de Na2SO4 e liberação de HCl gasoso.
O Na2SO4 é combinado então ao CaCO3 e queimado com Coque, o que precipita CaS e libera CO2
Sendo o CaCO3 e o CaS insolúveis, o Na2CO3 pode ser facilmente extraído com água então. A Alta produção de HCl, um forte poluente, e de CaS, sem valor comercial, levou à extinção deste métedo ao final do século XIX.
O Processo Solvay utiliza como insumos salmoura e carbonato de cálcio, também há a utilização de amônia, mas esta é reciclada durante o processo.
Na primeira etapa a salmoura é saturada de NH3, de forma a, além dos íons sódio e cloreto, gerar em solução amônio e hidroxila, segundo a reação:
Em seguida, injeta-se CO2 na solução, de forma que ocorram as seguintes reações, resultando em NaHCO3, que, nas condições do processo, precipita.
O NaHCO3 é então filtrado da solução e aquecido até a calcinação, de forma a produzir o Na2CO3.